
Dentro deste ambiente ficcional há também novas idéias como das “Partículas de Espaço-Tempo” e do “Universo em Camadas”, o que gerou a “Teoria do Espaço-Tempo Paralelo”. Segundo esta teoria, o Cosmos seria formado por varias camadas sobrepostas, como as folhas de um imenso livro onde cada pagina seria um Universo, quase um clone dos outros, mas com pequenas diferenças, ou seja, cada um com sua historia. A maioria deles, senão a totalidade, estão defasados em relação aos outros Universos, tanto a frente como para trás no tempo. Com base nesta ideia, qualquer pessoa poderia ver coisas do passado ou que ainda irão ocorrer, bastando “espiarem” por fendas ou portais.
Samuel, um cientista que conheceu Adriane no passado, apesar do seu conhecimento profundo nestas teorias, não sabe explicar o que esta acontecendo, por que ela não se recorda de nada. Ela seria outra pessoa muito semelhante? Queria esquece-lo totalmente? Da mesma forma, Adriane se vê perdida, pensa num primeiro instante que esta doente, com algum problema mental, ainda mais quando começa a encontrar provas de que realmente viveu algo no passado mas que ficaram perdidas no Abismo do Tempo.
Devido a complexidade da historia, obrigatoriamente, ela acaba indo em direção aos extremos da razão, beirando momentos espirituais e místicos sem entretanto perder a fria lógica imposta por Samuel. Cabe o leitor saber interpretar o que esta sendo apresentado e de que lado ficar (ou acreditar).